segunda-feira, 23 de maio de 2011

Uma poesia!

Na mão de Deus

por ANTERO DE QUENTAL (1842 - 1891)

Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
 Desci a passo e passo a escada estreita.

 Como as flores mortais, com que se enfeita 
A ignorância infantil, despojo vão,
Despus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.

Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mão leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente, 

Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!


Fonte: Poema extraído de "O Rosacruz", primavera de 2010; Imagem disponível em "Google imagens" através do link http://www.google.com.br/search?q=uma+rosa

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