Na mão de Deus
por ANTERO DE QUENTAL (1842 - 1891)
Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.
Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despojo vão,
Despus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.
Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mão leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,
Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!
Fonte: Poema extraído de "O Rosacruz", primavera de 2010; Imagem disponível em "Google imagens" através do link http://www.google.com.br/search?q=uma+rosa
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