quarta-feira, 6 de julho de 2011

O ARTISTA E A FERA


Paul Niebanck

         Em cada um de nós há uma força, uma voz insistente, um ímpeto a que chamamos fera. Ela é essencial para nossa existência e necessária para que a nossa vida adquira algum sentido. Essa fera representa motivação, impulso, vontade de viver e dela podem advir ambição, auto-estima e coragem.


         É necessário cuidarmos dessa fera para que ela possa se revelar e ser orientada. Não devemos reprimir, ignorar ou sufocar nossos impulsos. Devemos deixar que eles se manifestem, pois o potencial para servir é tão grande quanto o potencial para destruir. 

   

         Nós teremos que optar! E quem vai nos auxiliar nessa opção é o artista que existe no íntimo de cada um de nós. Se nos mantivermos abertos ao mundo, ao ambiente, se permitirmos que nossa capacidade seja testada e aprimorada, se não negarmos sua potencialidade, estaremos prontos para conduzir a fera através de caminhos esplêndidos e proveitosos.


         Sem o artista, a fera não pode ser satisfeita. E sem ela o artista não pode se realizar. Esses impulsos não orientados podem levar os indivíduos a serem egoístas, rebeldes ou parasitas. A fera, quando não orientada, buscará quem quer que seja para se realizar e acabará por surgir a destruição.


         As mais elevadas expressões de arte se caracterizam pela observação cuidadosa, pela delicadeza, pelo refinamento e pela universalidade. Há, em cada um de nós, o desejo ardente de expressão estética e o reconhecimento de nossa aptidão para essa expressão.


         Devemos lembrar que artista e fera são um só! São duas polaridades do nosso ser. Manifestar ambas harmoniosamente é a missão a que todo místico verdadeiro se dedica.


Fonte: Artigos para mídia impressa da GLP Rosacruz, AMORC.

*Imagens: Extraídas de "Google imagens". Desconhecemos autoria e propriedade.

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